Fatos rápidos sobre a Argélia:
- População: Aproximadamente 44 milhões de pessoas.
- Capital: Argel.
- Maior cidade: Argel.
- Idiomas oficiais: árabe e berbere (tamazight); o francês também é amplamente utilizado.
- Moeda: Dinar argelino (DZD).
- Governo: República semipresidencial unitária.
- Religião principal: Islã, predominantemente sunita.
- Geografia: Localizado no norte da África, limitado pelo Mar Mediterrâneo ao norte, Tunísia e Líbia a leste, Níger e Mali ao sul, Mauritânia, Saara Ocidental e Marrocos a oeste.
Fato 1: A Argélia é o maior país da África
A Argélia tem a distinção de ser o maior país da África em área terrestre, cobrindo aproximadamente 2,38 milhões de quilômetros quadrados (919.595 milhas quadradas). Seu extenso território abrange diversas características geográficas, incluindo o vasto deserto do Saara no sul, as montanhas do Atlas no norte e planícies costeiras férteis ao longo do Mar Mediterrâneo.
O tamanho da Argélia o classifica como o décimo maior país do mundo, superando outras nações notáveis da África, como a República Democrática do Congo e o Sudão. Essa extensa massa de terra abrange uma variedade de climas e paisagens, desde condições desérticas quentes e áridas no Saara até temperaturas mais moderadas nas regiões montanhosas.
Fato 2: O território da Argélia foi governado por muitos impérios no passado
Ao longo de sua história, o território da atual Argélia foi governado por vários impérios e civilizações, cada um deixando uma marca distinta em sua paisagem cultural, política e arquitetônica.
- Impérios antigos: A região foi habitada por tribos e civilizações berberes que remontam aos tempos antigos, incluindo os númidas e cartagineses. Cartago, uma poderosa cidade-estado fenícia, exerceu influência sobre as áreas costeiras antes do conflito com Roma.
- Domínio romano: A Argélia tornou-se parte do Império Romano no século II aC, conhecida como Numídia e mais tarde como parte da província da África. A influência romana deixou importantes sítios arqueológicos, como Timgad e Djemila, exibindo ruínas romanas e planejamento urbano bem preservados.
- Período Vândalo e Bizantino: Após a queda do Império Romano Ocidental, a Argélia ficou sob o controle dos vândalos e, mais tarde, do Império Bizantino, que manteve o controle sobre as regiões costeiras.
- Califados islâmicos: No século VII dC, os exércitos árabes-muçulmanos conquistaram a Argélia, introduzindo o Islã e estabelecendo várias dinastias islâmicas, como os omíadas, os abássidas e os fatímidas. O domínio islâmico transformou a Argélia cultural e politicamente, com cidades como Argel se tornando centros proeminentes da civilização islâmica.
- Colonização otomana e francesa: A Argélia ficou sob o domínio otomano no século XVI, seguida pela colonização francesa no século XIX. O domínio francês durou até a Argélia conquistar a independência em 1962, após uma prolongada guerra de independência.
- Argélia independente: Desde que conquistou a independência, a Argélia evoluiu política e culturalmente, buscando criar uma identidade nacional moderna e, ao mesmo tempo, preservar sua rica herança histórica.
Fato 3: A Argélia tem 7 locais do Patrimônio Mundial da UNESCO
A Argélia possui 7 locais do Patrimônio Mundial da UNESCO, mostrando sua rica herança cultural e histórica.
- Al Qal’a de Beni Hammad – Localizado nas montanhas de Hodna, este local inclui as ruínas da primeira capital da dinastia Hammadid, datada do século XI. Possui vestígios monumentais que testemunham a grandeza da cidade medieval.
- Djémila – Também conhecida como Cuicul, Djémila é uma antiga cidade romana na parte nordeste da Argélia. Ele preserva ruínas romanas excepcionais, incluindo fóruns bem preservados, templos, basílicas, arcos triunfais e casas com belos pisos de mosaico.
- Vale do M’zab – Essa paisagem cultural abriga um conjunto de cinco cidades oásis (Ghardaïa, Beni Isguen, Bou Noura, El Atteuf e Melika), habitadas desde o século XI. As cidades são construídas usando métodos tradicionais e estão adaptadas ao ambiente árido do deserto.
- Tassili n’Ajjer – Localizada no deserto do Saara, Tassili n’Ajjer é conhecida por sua arte rupestre pré-histórica que retrata atividades humanas antigas, que vão de 12.000 aC a 100 dC. A arte inclui cenas de caça, dança e rituais, fornecendo informações sobre o início da vida saariana.
- Timgad – Fundada pelo imperador Trajano por volta de 100 d.C., Timgad é uma cidade colonial romana bem preservada nas Montanhas Aures. Seu plano de grade, típico do urbanismo romano, inclui um fórum, templos, anfiteatro e banhos, mostrando a arquitetura cívica romana.
- Tipasa – Situada na costa da Argélia, Tipasa é um antigo entreposto comercial púnico conquistado por Roma e transformado em uma base estratégica para a conquista dos reinos da Mauritânia. Ele contém um conjunto único de ruínas fenícias, romanas, cristãs primitivas e bizantinas.
- Kasbah de Argel – A Kasbah é um exemplo arquitetônico único de uma estrutura urbana histórica em Argel, datada do período otomano. Inclui ruas estreitas, praças, mesquitas e palácios otomanos, fornecendo informações sobre o passado otomano da Argélia.
Nota: Se você planeja visitar a Argélia, verifique se precisa de uma carteira de motorista internacional na Argélia para alugar e dirigir um carro.
Fato 4: A maior parte do país é o deserto do Saara
Cobrindo aproximadamente 80% da área total do país, o Saara se estende por vastas extensões das regiões sul e sudeste da Argélia. Essa paisagem árida é caracterizada por imensas dunas de areia, planaltos rochosos e vegetação esparsa adaptada às condições do deserto.
O deserto do Saara, na Argélia, não é apenas notável por seu tamanho, mas também por suas diversas formações geológicas e antigos locais culturais. Inclui o Parque Nacional Tassili n’Ajjer, um Patrimônio Mundial da UNESCO conhecido por sua arte rupestre pré-histórica e formações dramáticas de arenito. O clima e o terreno extremos do deserto apresentam desafios significativos para a habitação humana, com a maioria dos assentamentos agrupados em torno de oásis e ao longo da faixa costeira norte, onde prevalecem condições mais favoráveis.
Fato 5: O animal nacional da Argélia é a raposa Fennec
O animal nacional da Argélia é a raposa Fennec (Vulpes zerda), uma pequena espécie de raposa noturna adaptada a ambientes desérticos. Conhecida por suas distintas orelhas grandes que ajudam a dissipar o calor e os sentidos aguçados, a raposa Fennec é especialmente adequada para sobreviver nas duras condições do deserto do Saara, que cobre grande parte do território da Argélia.
Essas raposas são conhecidas por sua pele cor de areia, que as camufla contra as areias do deserto, e se alimentam principalmente de pequenos roedores, insetos e plantas. Sua capacidade de resistir a altas temperaturas e conservar água os torna um símbolo icônico da ecologia desértica e da resiliência da Argélia em ambientes desafiadores.
Fato 6: A Argélia tem grandes reservas de petróleo e gás
A Argélia possui reservas significativas de petróleo e gás natural, que desempenham um papel crucial em sua economia e nos mercados globais de energia. Aqui estão alguns fatos importantes sobre as reservas de petróleo e gás da Argélia:
- Reservas de petróleo: A Argélia é o terceiro maior produtor de petróleo da África e possui substanciais reservas comprovadas de petróleo. De acordo com estimativas recentes, as reservas comprovadas de petróleo da Argélia são de cerca de 12,2 bilhões de barris. A produção de petróleo do país tem sido historicamente centrada no campo petrolífero de Hassi Messaoud, um dos maiores da África.
- Reservas de gás natural: A Argélia é um importante player no mercado global de gás natural, classificando-se entre os principais exportadores de gás natural liquefeito (GNL). O país possui significativas reservas comprovadas de gás natural, estimadas em cerca de 4,5 trilhões de metros cúbicos. Os principais campos de gás natural incluem Hassi R’Mel, In Salah e Gassi Touil.
- Importância econômica: As exportações de petróleo e gás constituem a espinha dorsal da economia da Argélia, representando uma parte substancial da receita do governo e das receitas de exportação. O setor de energia do país atraiu investimentos estrangeiros significativos e desempenha um papel fundamental em seu desenvolvimento econômico.
Fato 7: A Argélia é famosa por suas datas
A Argélia tem uma reputação significativa por sua produção de tâmaras, que não são apenas um alimento básico na culinária argelina, mas também um importante produto de exportação agrícola. Os vastos bosques de tamareiras do país, particularmente no norte do Deserto do Saara e em outras regiões adequadas, produzem uma grande variedade de tâmaras conhecidas por seus sabores ricos e valor nutricional. Entre eles, Deglet Nour, Medjool e Ghars são particularmente conhecidos por sua qualidade e sabor.
Culturalmente, as tâmaras ocupam um lugar especial nas tradições argelinas. Eles são comumente usados na preparação de pratos e sobremesas locais, mostrando sua versatilidade e importância nas práticas culinárias diárias. Além disso, as datas desempenham um papel significativo nos contextos sociais e religiosos, muitas vezes servidas como um gesto de hospitalidade durante reuniões e festividades.
Fato 8: Os argelinos bebem muito chá
Os argelinos têm uma forte tradição de consumir chá durante todo o dia, sendo o chá de menta a variedade mais popular. Este chá tradicional, conhecido localmente como “atay b’nana” ou simplesmente “atay”, é feito mergulhando folhas de chá verde com folhas de hortelã fresca e quantidades generosas de açúcar em água fervente.
Beber chá na Argélia vai além de um mero refresco; é uma prática cultural que promove a união e a hospitalidade com a comunidade. Servir chá é um gesto de cordialidade e boas-vindas nas famílias argelinas, oferecido aos hóspedes como um sinal de respeito e amizade. Geralmente é acompanhado por conversas, lanches como tâmaras ou doces e, às vezes, até mesmo fumaça de um cachimbo de água tradicional (shisha ou narguilé).
Além de seu significado social, o chá também desempenha um papel em contextos religiosos e cerimoniais. Durante o Ramadã, o mês do jejum, o chá é particularmente apreciado como um meio de quebrar o jejum ao pôr do sol (iftar).
Fato 9: Os argelinos adoram futebol
O amor da Argélia pelo futebol é evidente no fervor que envolve partidas locais, competições internacionais e grandes torneios, como a Copa das Nações Africanas e a Copa do Mundo FIFA. Partidas da seleção argelina, conhecida como Desert Foxes, evocam orgulho e solidariedade nacionais, atraindo grande apoio de torcedores que seguem sua jornada com dedicação inabalável.
A influência do esporte se estende além do campo, moldando interações sociais, discussões e até mesmo discursos políticos às vezes. Os argelinos se reúnem em cafés, casas e praças públicas para assistir jogos juntos, celebrando vitórias e lamentando derrotas como uma experiência coletiva.
A Argélia produziu jogadores talentosos que deixaram sua marca em ligas nacionais e clubes internacionais, alimentando ainda mais a paixão do país pelo futebol. Esses atletas servem como modelos e fontes de inspiração para jovens aspirantes a jogadores em todo o país.
Fato 10: A Argélia é o segundo país livre de malária na África
O sucesso da Argélia na eliminação da malária pode ser atribuído a vários fatores. Iniciativas robustas de saúde pública, incluindo ampla distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida, programas internos de pulverização residual e gerenciamento eficaz de casos, desempenharam papéis cruciais na redução da transmissão da malária. A forte infraestrutura de saúde do país, apoiada por parcerias governamentais e internacionais, facilitou o diagnóstico e o tratamento rápidos dos casos de malária, contribuindo para o declínio geral na incidência da malária.
Publicado June 29, 2024 • 12m to read