Fatos rápidos sobre a Guiné Bissau:
- População: Aproximadamente 2,1 milhões de pessoas.
- Capital: Bissau.
- Idioma oficial: português.
- Outros idiomas: crioulo (amplamente falado), balanta, fula e várias outras línguas indígenas.
- Moeda: Franco CFA da África Ocidental (XOF).
- Governo: República semipresidencial.
- Religião principal: predominantemente islamismo, com comunidades de crenças cristãs e tradicionais.
- Geografia: Localizada na costa oeste da África, faz fronteira com o Senegal ao norte, a Guiné a sudeste e o Oceano Atlântico a oeste. O país inclui uma região continental e o Arquipélago dos Bijagós, uma coleção de mais de 80 ilhas.
Fato 1: A Guiné-Bissau tem quase uma centena de ilhas
A Guiné-Bissau tem um extenso arquipélago, conhecido como Ilhas Bijagós, que compreende cerca de 88 ilhas. Localizado na costa do Oceano Atlântico, este arquipélago único é conhecido por sua rica biodiversidade e paisagens naturais deslumbrantes. Apenas cerca de 20 dessas ilhas são habitadas, com o restante praticamente intocado, proporcionando refúgio para diversos animais selvagens, incluindo tartarugas marinhas, peixes-boi e uma grande variedade de espécies de pássaros.
As Ilhas Bijagós são designadas como Reserva da Biosfera da UNESCO devido à sua importância ecológica e são uma importante região cultural e espiritual para o povo indígena Bijagós.
Fato 2: Desde a independência, houve muitos golpes governamentais e guerras civis no país
Desde que conquistou a independência de Portugal em 1973 (reconhecida internacionalmente em 1974), a Guiné-Bissau passou por uma significativa instabilidade política marcada por vários golpes e períodos de agitação civil. O país enfrentou uma série de golpes militares, tentativas de golpes e assassinatos políticos, que interromperam a governança e o desenvolvimento.
Um dos conflitos mais notáveis foi a Guerra Civil da Guiné-Bissau de 1998 a 1999, que resultou em destruição generalizada, deslocamento e interrupção temporária das operações governamentais. As tensões políticas, muitas vezes influenciadas por facções militares, continuaram a afetar a estabilidade da Guiné-Bissau, tornando-a uma das nações mais politicamente voláteis da África Ocidental.
Fato 3: A Guiné-Bissau tem uma baixa expectativa de vida e enfrenta pobreza generalizada
A expectativa de vida na Guiné-Bissau é de cerca de 59 anos (segundo estimativas recentes), o que é significativamente menor do que a média global. Vários fatores contribuem para isso, incluindo acesso limitado aos cuidados de saúde, altas taxas de doenças infecciosas, como malária e tuberculose, e falta de água potável e saneamento.
A pobreza continua generalizada, com uma parcela substancial da população vivendo abaixo da linha da pobreza. Os desafios econômicos são agravados pela instabilidade política, que tem impedido o desenvolvimento econômico e a prestação de serviços essenciais. A maioria da população depende da agricultura para sua subsistência, com a castanha de caju sendo o principal produto de exportação, mas muitos lutam para atender às necessidades básicas devido à baixa produtividade e à infraestrutura limitada.
Fato 4: Guiné Bissau é um dos principais países do tráfico de cocaína
A Guiné-Bissau tornou-se um importante ponto de trânsito para o tráfico de cocaína, particularmente da América do Sul para a Europa. A fraca governança do país, as fronteiras porosas e os recursos limitados para a aplicação da lei o tornaram vulnerável aos cartéis internacionais de drogas, que exploram essas condições para transportar cocaína pela África Ocidental.
A localização da Guiné-Bissau ao longo da costa atlântica, combinada com suas inúmeras ilhas e portos isolados, fornece pontos de acesso estratégicos para o contrabando. O tráfico de drogas teve sérios impactos sociais e políticos no país, contribuindo para a corrupção e desestabilizando ainda mais um sistema político já frágil. Esse comércio ilícito levou alguns a rotular a Guiné-Bissau como um “narco-estado”, já que os traficantes de drogas, às vezes, influenciaram figuras políticas e economias locais.
Fato 5: A antiga capital ficava em uma ilha e agora está em declínio
A antiga capital da Guiné-Bissau, Bolama, está localizada na Ilha Bolama e entrou em declínio. Bolama serviu como capital durante o período colonial português até 1941, quando a capital foi transferida para Bissau, no continente, devido ao melhor acesso à infraestrutura e instalações administrativas.
Desde então, Bolama passou por um declínio econômico e estrutural significativo, com muitos edifícios da era colonial agora abandonados ou em ruínas. Antes concebida como um centro colonial estratégico, a população da cidade diminuiu e agora enfrenta desafios como oportunidades econômicas limitadas e infraestrutura precária.
Fato 6: A Guiné-Bissau abriga práticas tradicionais fascinantes
Entre vários grupos étnicos, especialmente os Balanta e Manjaco, os ritos de iniciação para meninos são cerimônias fundamentais que marcam a transição para a vida adulta. Esses ritos podem durar semanas e envolvem rituais que testam a força, a resistência e o conhecimento dos meninos, bem como lições sobre os valores e responsabilidades da comunidade.
Os santuários ancestrais também são essenciais em muitas comunidades, servindo como locais de culto e conexão com os ancestrais. Esses santuários homenageiam os espíritos dos familiares falecidos, que acredita-se que influenciam os vivos e fornecem orientação e proteção. Os rituais nesses santuários geralmente envolvem ofertas e cerimônias lideradas por anciãos comunitários ou líderes espirituais.
Fato 7: Tartarugas verdes estão fazendo ninhos na Guiné-Bissau
As tartarugas marinhas verdes (Chelonia mydas) nidificam nas praias da Guiné-Bissau, particularmente no Arquipélago dos Bijagós. Esse grupo de ilhas fornece um habitat crítico para essas tartarugas ameaçadas de extinção, que percorrem grandes distâncias pelo Atlântico para retornar a essas costas para botar seus ovos.
As águas e ilhas costeiras da Guiné-Bissau oferecem um ambiente relativamente tranquilo para essas tartarugas, graças aos esforços de conservação liderados por comunidades locais e organizações internacionais.
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Fato 8: Guiné-Bissau hospeda festivais de grande escala
A Guiné-Bissau organiza festivais vibrantes de grande escala, refletindo a rica diversidade cultural e a herança tradicional do país. Um dos mais proeminentes é o Carnaval de Bissau, comemorado com grande entusiasmo na capital, Bissau. Realizado anualmente, este festival combina tradições africanas com influências coloniais portuguesas e apresenta desfiles coloridos, trajes elaborados, dança, música e apresentações de vários grupos étnicos. É hora de as comunidades mostrarem seus costumes únicos e de as pessoas de todo o país se reunirem para comemorar.
Outro evento cultural significativo é o Festival Kusunde, celebrado pelo povo Bijagós nas Ilhas Bijagós. Este festival inclui músicas, danças e rituais tradicionais que honram seus ancestrais e o ambiente natural, enfatizando a importância de sua herança cultural e a estreita conexão com a terra e o mar.
Fato 9: A Guiné-Bissau é um grande produtor de castanha de caju
A Guiné-Bissau é um importante produtor de castanha de caju, que é a principal safra comercial e produto de exportação do país. A produção de caju desempenha um papel central na economia da Guiné-Bissau, com aproximadamente 90% das receitas de exportação do país provenientes da castanha de caju. Essa indústria sustenta a subsistência de uma grande parte da população rural, já que muitos pequenos agricultores dependem do cultivo do caju para obter renda.
A temporada de colheita do caju é um período crítico no ciclo econômico da Guiné-Bissau, e o país está entre os maiores produtores globais de castanha de caju crua. No entanto, devido à infraestrutura de processamento limitada, a maioria das castanhas de caju é exportada na forma bruta, principalmente para a Índia e o Vietnã, onde são processadas e vendidas para mercados internacionais.
Fato 10: Cerca de 70% da área é florestada e a costa é pantanosa
O país é rico em florestas tropicais, que incluem florestas tropicais e florestas secas, e abrigam uma grande variedade de espécies vegetais e animais. Essas florestas são cruciais não apenas para a biodiversidade, mas também para a economia local, pois fornecem recursos como madeira e produtos florestais não madeireiros. No entanto, o desmatamento e a extração de madeira levantaram preocupações sobre a sustentabilidade ambiental.
A área costeira da Guiné-Bissau é caracterizada por zonas húmidas pantanosas, particularmente no Arquipélago dos Bijagós e na região de Bolama-Bijagós. Essas áreas abrigam florestas de mangue e servem como ecossistemas importantes para a vida marinha, incluindo peixes e espécies de aves migratórias.
Publicado November 09, 2024 • 11m to read